Religião

 

ABLUÇÃO

 

A Ablução e o Batismo são símbolos da extinção da culpa, como num ritual de purificação em que a pessoa tenta se libertar de algo que o oprime. É comum ouvir a expressão: lavo minhas mãos, a qual designa este simbolismo.
Para os cristãos é o ritual de purificação do pecado original. Psicologicamente o hábito sistemático de lavar as mãos é comum em pessoas com dificuldades em lidar com os aspectos obscuros de sua personalidade.

Aarão

 
 O Cajado de Aarão - Nicolas Poussin 
O Cajado de Aarão - Nicolas Poussin

Aarão (ou Arão) (אַהֲרֹן, palavra que significa "progenitor de mártires" em hebraico possivelmente relacionado com o egípcio "Aha Rw," "Leão Guerreiro"), foi o irmão mais velho de Moisés (Ex. ii. 4), e primeiro sumo sacerdote dos judeus.
Maçônicamente, tem conotações relevantes; como no simbólico Salmo 133: "É como o azeite precioso derramado na cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Aarão que desce à orla do seu vestido".
Sobre esse personagem poder-se-ia escrever uma longa biografia, pois faz parte da saga Israelita com muito vigor.
Era filho de Amram e de Josechebed, nascido no Egito; foi consagrado Grande Pontífice tendo dado apoio a seu irmão Moisés, na retirada do povo Hebreu da escravidão egípcia. Teve vida longa pois morreu aos 123 anos, na Montanha de Hora, na Arábia Pétrea. Não teve acesso à Terra Prometida, porque, durante a ausencia de Moisés, quando de seu retiro no Sinai, para receber as Tábuas da Lei, permitiu por complacência que o povo hebreu retirante, adorasse um bezerro de ouro.
Dentro da Arca da Aliança, foi depositada a Vara de Aarão, transformando-se em elemento de santificação. No Livro do Êxodo, 7:1, lemos: "E o Senhor disse a Moisés : eis que te constitui deus de Faraó; e Aarão, teu irmão, será teu profeta". Portanto, temos em Aarão, um profeta de Jeová. Moisés, sabemos que praticou atos considerados milagrosos mas vemos que Aarão quando entregou a "sua vara", essa em poucas horas, floresceu e frutificou, demonstrando assim, um grande poder espiritual.
Morto Moisés, lhe sucedeu e obviamente, seguiu os atos tidos como milagrosos. Como profeta, procedia as ações "cósmicas" de Moisés, anunciando-as ao povo, para que se acalmasse; povo sofrido por 40 anos de peregrinação no deserto, fruto de uma "purgação" devida ao comportamento de rebeldia, de frágil fé no Senhor. A peregrinação penosa, demonstraria milênios após, o destino daquele povo, que deveria peregrinar pelo mundo até conseguir o beneplácito final, reunindo-se permanentemente em um local definido. Aarão teve a mesma iniciação nos mistérios, acompanhando Moisés em todas as circunstâncias; assombrou a corte do Faraó, com prodígios extraordinários como a vara transformada em serpente, a conversão das àguas do Nilo em sangue, e as pragas que assolaram o Egito. Seu filho Eleazar, revestido das vestes sacerdotais de Aarão, foi o condutor final do povo Hebreu à Terra Premetida, Canaã.

 

Abraxas

 

Abraxas aparece com freqüência em talismãs, por herança mitraica e gnóstica. De acordo com Leisegang, em La Gnose, Abraxas se identifica com Mitra e, portanto, é o mediador entre a humanidade e o deus único, o Sol invencível, que a Antiguidade tardia venerou quando chegou a certo monoteísmo, nos séculos III-IV. Deste modo, na concepção persa Abraxa-Mitra é o mediador entre Ahura-Masda e Arimã, entre o Bem e o Mal.¹

 

A palavra Abraxas (ou Abrasax ou Abracax) era gravada em certas pedras antigas, chamadas Pedras Abraxas, usadas como amuletos por seitas gnósticas. Acreditava-se que Abraxas era o nome de um deus que incorporava o Bem e o Mal (Deus e Demiurgo) em uma única entidade, representando o Deus monoteísta, único, mas não onibenevolente (como por exemplo o Deus Cristão). Abraxas já foi considerado um deus egípcio e um demônio. Esta é possivelmente a origem da palavra abracadabra, apesar de outras explicações existirem.

Abraxas era um arconte com aparência de quimera (semelhante a um basilisco): a cabeça de um galo (ou um rei), o corpo de um homem, e pernas em forma de cobras. Algumas vezes é retratado com um chicote na mão. Abraxas foi redimido e ascendeu sobre as sete esferas, e agora reina os mundos. Há referências a Abraxas em diversos textos gnósticos.

As letras da palavra abraxas, em notação grega, formam o número 365, e os basilídios deram este nome às 365 ordens de espíritos que, segundo eles, emanava em sucessão do Ser Supremo. Estas ordens ocupariam o lugar oposto ao sol em seu percurso anual ou nos 365 céus, cada um semelhante, mas inferior, àquele acima; e o mais inferior dos céus era a morada dos espíritos que formavam a Terra e seus habitantes, sujeitos à administração de seu trabalho.

Além da palavra Abraxas e outros personagens místicos, é comum encontrar figuras cabalísticas gravadas, alterando completamente o verdadeiro conceito original de Abraxas. O mais comum é a cabeça de galinha d'angola, os braços e busto de homem, e corpo e rabo de serpente, porém astronomicamente 'abraxa' é uma expressão científica que por algum motivo fora do controle foi adotada por místicos e céticos para estabelecer parâmetros entre os lados opostos, o diabo e deus, o calor e o frio, Yin Yang.²

 

Abraão

 

Nome do patriarca hebreu, destinado a ser o pai de um grande povo; com ele foi iniciada a prática da “circuncisão”, ordenada por Jeová.

É o personagem da obediência à vontade divina, sem qualquer questionamento. Conta a história que Jeová ordenou-lhe que fosse até o monte, construísse um Altar e sobre ele, sacrificasse seu próprio filho Isaac; no momento em que abaixava o cutelo para a degola, um Anjo lhe deteve o braço e um carneiro surgiu para substituir o que iria ser sacrificado. Exemplo do poder e da fé.
Isaac por sua vez, sabia das intenções de seu pai e entregou-se submisso ao sacrifício, numa atitude de obediência filial.

Para a Maçonaria O símbolo do Painel do Grau de Aprendiz é o “sonho de Jacó”, filho de Isaac. O monte escolhido por Abraão na Colina de Moriá, seria, mais tarde, o lugar onde surgiria o Templo de Salomão. O evento vem descrito no Livro de Gêneses, capítulo 22, versículos 1 a 14.

Em razão da obediência de Abraão e sua fé, o Senhor fez com ele aliança, nesses termos: “Multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos; nela serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste a minha voz”.

 

Adito

 

Significa "entrada", mas não é usual; é sinônimo de Átrio; é de origem latina: "adire, aditus", ir. Para dentro, no sentido de sacralidade : adentrar no Templo.

 

Adoração

 

Adorar, verbo de origem latina, significa "render culto a divindade"; pode significar uma veneração e um amor extremado.

 

Adão

 

origens

Simbolicamente, é o primeiro homem “construído” pelo Criador, contrariando as próprias Escrituras que o distinguem dos homens da Terra; seria o primeiro homem a render culto a Divindade monoteísta, base do surgimento do povo Hebreu.

Trata-se de uma palavra hebraica: “Aleph, Daleth, Mem”, que sugere o primeiro homem surgindo do pó da terra, misturado com água, pó esse vermelho. Adão (do hebraico אדם relacionado tanto a adamá, "solo vermelho", quando a adom, "vermelho", e dam "sangue").

maçonaria

Maçônicamente, tem significado no Grau 28, o Conselho dos Cavaleiros do Sol. Quando o homem parece, nas cerimônias de sepu1tamento religiosas, é dito que “o pó retorna à, terra”, com as suas “cinzas” e elementos minerais; retorna à, natureza; portanto, Adão significa a própria Natureza, na concepção humana.

cabala

Na Cabala, Adão é visto de forma diferente, sendo denominado de Kadmon que significa “a idéia do Universo”, como sendo a primeira manifestação divina, o Alfa de tudo. O crânio será Kether; os lobos cerebrais, Hakem “e Binah; os braços Gedulah e Geburah; o tronco, Tipheret; as coxas, Netsach e Hod; os genitais, Yesod; Adão é o tetragrama humano absorvido no IOD. Veja IHVH

 

Afogamento

 

É considerado como sendo um dos símbolos da operação alquímica denominada SOLUTIO, regida pela lei "dissolve e coagula", que costuma ser retratada pela imagem do afogamento do rei e da rainha.

O velho rei, precisa de regeneração e de transformação e é mostrado afogando-se no mar o que denota que as velhas atitudes, rígidas e estagnadas, precisam ser dissolvidas pela água, numa inundação pelo inconsciente.

A imagem do Dilúvio pode ser evocada neste aspecto como purgação do mal através do afogamento.

Psicologicamente é uma imagem de regressão ao útero materno, de perda dos limites estruturados pela consciência.

 

Agni

 

Agni é uma divindade Hindu. A palavra agni é Sânscrito para "fogo" (nome), com a mesma origem do Latim ignis.

No Hinduísmo, ele é um deva, segundo no poder e importância atribuída na mitologia védica , apenas ultrapassado por Indra. Ele é gémeo de Indra, e assim, filho de Dyaus Pita e Prthivi. Noutra versão, ele é filho de Kasyapa e Aditi ou de uma rainha que escondeu a sua gravidez do marido. Ele possui dez mães, ou dez irmãs, ou dez criadas, que representam os dez dedos do homem que inicia o fogo. Ele possui dois pais: estes representam os dois paus que, quando ambos friccionados de modo intenso, criam fogo. Alguns dizem que destruiu os seus pais quando nasceu, porque não poderiam tomar conta dele. É casado com Svaha e pai de Karttikeya através de Svaha ou Ganga. Ele é um dos Ashta-Dikpalas, encarregado de guardar e representar o Sudeste.

O seu nome é a primeira palavra do primeiro hino do Rigveda:
"Eu louvo Agni, o sacerdote da casa, o ministro divino do sacrifício, o invocador, o melhor presenteador do tesouro."

Os sacrifícios a Agni vão para as divindades porque Agni é um mensageiro dos deus e para os deuses. Ele é eternamente jovem, porque o fogo é re-aceso todos os dias; mas, ele também é imortal.

Em algumas histórias acerca dos deuses hindus, Agni é aquele enviado para a frente nas situações perigosas.

O Rigveda frequentemente diz que Agni eleva-se das águas ou que reside nas águas. Ele poderá ter sido originalmente o mesmo que Apam Napat.

Embora os sacrifícios védicos de fogo (yagya) tenham desaparecido largamente na maioria do Hinduísmo, Agni e o sacrifício de fogo ainda é parte do ritual de qualquer casamento Hindu moderno, onde Agni é tido como o chefe sakshi ou testemunha do casamento e guardião da santidade do casamento.
De facto, sem as tradicionais 7 voltas em redor do fogo sagrado, perante a actual Lei Matrimonial Hindu, o casamento é considerado nulo.

Outras crenças

No Zoroastrismo, ele é Atar, literalmente, fogo, que simbolicamente representa a força radiante e criadora de vida de Ahura Mazda.
 

No Budismo Indo-Tibetano, ele é um lokapala, guardando o Sudeste. (Veja-se, por exemplo jigten lugs kyi bstan bcos: = "Faz o teu coração no canto Sudeste da casa, que é o local de Agni"). Ele também possui um papel central na maioria dos ritos homa (fogo puja).

Para a maçonaria o fogo é um dos quatro principais elementos, tanto na Iniciação do Primeiro Grau, como em outras cerimônias dos Graus subseqüentes, tanto na Maçonaria Simbólica, como na Maçonaria Filosófica.
O “fogo” não só queima, não só purifica, mas ilumina e constrói, dando o calor necessário a toda Natureza através dos raios solares, filtrados pela atmosfera.
Um dos ornamentos de uma Loja Maçônica é o Sol, com esse sentido; na cerimônia de Iniciação, o candidato passa pela “prova do fogo”, sem, contudo queimar-se, porque saiu da Câmara das Reflexões, não é mais um ser com as características de homem matéria, mas sim de renascido como homem-espírito. No Grau 18 do Rito Escocês Antigo e Aceito, denominado de Grau Capitular, surge o “fogo” através da “Pramanta”, denominado “Agni”.

 

Ajoelhar

 

Ato de por-se de joelhos, com a finalidade de orar, adorar, reverenciar, humildade, submissão, súplica.

Esse ato manifesta-se de três modos: dobrar os Joelhos sem colocá-los ao solo; dobrar colocando os Joelhos ao solo; dobrar, apenas um dos joelhos, conservando o outro, semidobrado.
A origem fisiológica do “dobrar os joelhos” decorre do sistema nervoso; uma provocação de pânico, desânimo, fragilidade, influi imediatamente sobre as pernas e os joelhos dobram-se ao natural.
Livro de Gênesis 41:43 referindo o fato do Faraó determinar a José que se ajoelhasse para ser constituído principal do Egito. Atos dos Apóstolos, 21:5 “Passados aqueles dias, tendo-nos retirado, prosseguimos viagem, acompanhados por todos, com suas mulheres e filhos, até fora da cidade; ajoe1hados na praia oramos. E, despedindo-nos uns dos outros, então embarcamos; e eles voltaram para suas próprias casas”.

 

Alcorão

 

O Alcorão ou Corão (em árabe قُرْآن, al-qur’ān, "a recitação") é o livro sagrado do Islão. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e dois anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado.

Os muçulmanos podem se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim ("o Nobre") ou Al-Azim ("o Magnífico").

 

Etimologia

Há duas variantes para o nome do livro usadas comumente: Corão e Alcorão. Por vezes se afirma que, como o prefixo al-, corresponde ao artigo definido árabe, o seu uso seria desnecessário;Predefinição:Carece de fontes no entanto, nas muitas palavras portuguesas de origem árabe que se iniciam por ela, como "almanaque" ou "açúcar", a partícula não foi suprimida. José Pedro Machado nota que a palavra Alcorão está registrada desde os mais antigos documentos em português e ao longo de toda a história da língua, ao contrário de Corão, recentemente importada.Predefinição:Carece de fontes

Estrutura do Alcorão

O Alcorão está organizado em 114 capítulos, denominados suras, divididas em livros, seções, partes e versículos. Considera-se que 92 capítulos foram revelados ao profeta Maomé em Meca, e 22 em Medina. Os capítulos estão dispostos aproximadamente de acordo com o seu tamanho e não de acordo com a ordem cronológica da revelação.
Cada sura pode por sua vez ser subdividida em versículos (ayat). O número de versículos é de 6536 ou 6600, conforme a forma de os contar.
A sura maior é a segunda, com 286 versículos; as suras menores possuem apenas três versículos.
Os capítulos são tradicionalmente identificados mais pelos nomes do que pelos números. Estes receberam nomes de palavras distintivas ou de palavras que surgem no inicío do texto, como por exemplo A Vaca, A Abelha, O Figo ou A Aurora. Contudo, não se deve pensar que o conteúdo da sura esteja de alguma forma relacionado com o título do capítulo.

Conteúdo temático do Alcorão

O Alcorão descreve as origens do Universo, o Homem e as suas relações entre si e o Criador. Define leis para a sociedade, moralidade, economia e muitos outros assuntos. Foi escrito com o intuito de ser recitado e memorizado. Os muçulmanos consideram o Alcorão sagrado e inviolável.

 

Aleluia

 

Aleluia é uma transliteração do hebraico הַלְלוּיָהּ (Halləluya hebraico padrão ou Halləlûyāh tiberiano), que significa "Louvem! Adorem! (הַלְּלוּ) Yah (Jah) (יָהּ)" ou "Elogio (הַלְּלוּ) [o] SENHOR Deus"Jeová")(יָהּ).

A palavra Aleluia como descrita no Tanach (Torah, Neviim e Kethuvim), nos Salmos, é uma combinação de (הַלְּלוּ) Hallelu e (יָהּ) Yah ou (Jah). Aparece também no Novo Testamento como em Apocalipse, transliterado em grego (Αλληλούια).

Yah ou Jah é uma forma abreviada representada pela primeira metade do Tetragrama הוהי,(YHWH, IHVH, JHVH), isto é, as letras yod (י) e he (ה), respectivamente a décima e a quinta letra do alfabeto hebraico.

Aleluia aparece junto com “amém” no fim do quarto livro dos Salmos (Salmo 106:48). Para a maioria dos cristãos, a palavra "aleluia" é uma palavra de elogio ou louvor a Deus. A palavra é usada no Judaísmo como parte das orações de Hallel. Aleluia é a forma latina da palavra, e é usado por protestantes e católicos em preferência a Hallelujah, conforme usado em muitos idiomas.

O termo é usado 24 vezes no Tanach (Torah, Nevi'im e K'tuvim) e, com exceção do Salmo 135:3, introduz e/ou conclui os Salmos em que se encontra. Também aparece outras 4 vezes na transliteração grega do livro cristão Apocalipse de São João.

 

Alfa e Ômega

 

É Primeira e ultima letras do alfabeto grego; simboliza o "principio e o fim"; representa o próprio Deus que é Justo e Perfeito, é o inicio e o final da criação. Em alguns Ritos são mencionadas essas duas letras, inspiradas pelo conteúdo bíblico.

Encontramos no Livro do Apocalipse, referencias a respeito: "Eu Sou o Alfa e o ômega", Alfa e o ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir.

O Todo Poderoso ". Essas duas letras são símbolos, cujas figuras expressam um Universo; o desenho é conhecido por todos os povos e o seu uso é universal em todas as expressões filosóficas, religiosas e místicas".

 

Aliança

 

É um símbolo de compromissos e acordos.
No Cristianismo existem diversas passagens Bíblicas sobre a aliança de Deus com os homens. Em Gênesis 9:13 encontramos um paralelo entre o Arco-íris e a aliança (anel) como símbolo de compromisso: “O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.” Aliança é uma Palavra composta de origem latino-francesa, Significando reunir, juntar, associar; vem do verbo "aliar.". É expressada na atualidade por um anel colocado no dedo anular, por ocasião de um casamento; em certos Graus Maçônicos, o recipiendário de um Grau recebe o seu anel confeccionado em marfim, simbolizando uma união pura e mística. Teologicamente, diz-se Aliança, a união do homem com o seu Criador e a História Sagrada nos revela a primeira: Aliança feita por Jeová com Abraão. Aliança ou Pacto foi o "contrato" que Deus formulou com o homem que criou e valorizou sobre todo o mais, mesmo o que contem o Cosmos e os vários Universos. Sabemos que o homem tem domínio sobre tudo o que existe na Terra e há poucas décadas, subiu até a Lua e viaja pelo Cosmos, com as pretensões inimagináveis. Esse "salto" para fora da Terra não está previsto nas Sagradas Escrituras. Ao criar a Terra dissera Javé: "Façamos o homem à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar e sobre as aves do céu e sobre o gado e sobre toda a Terra e sobre todo animal réptil que se arrasta sobre o solo". (Gênesis I, 26:28). A primeira Aliança foi o acerto de Deus para consigo mesmo; foi uma sua disposição unilateral, pois considerava o Homem como sua criação tendo sobre ele pleno domínio. Assim que dispôs: "Javé Deus tomou ao homem e o colocou no jardim Éden para que o cultivasse e guardasse. E Javé Deus impôs ao homem um preceito, dizendo:" "De todas as árvores do jardim podes comer sem receio". Parem da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que comer morrerá irremediavelmente"". Esse pacto, Adão e Eva, aceitaram tacitamente, eis que ignoravam o que poderia significar "o conhecimento". Essa Aliança durou pouco, porque a inteligência nata, começou a despertar, sendo mais acentuada em Eva, pela intuição. Aceitou a sugestão e atraída pela beleza do fruto daquela árvore proibida, não só a colheu, como comeu e deu a Adão para que, também, o ingerisse.Rompera-se o pacto. Os primeiros seres humanos passaram a usar dos meios que tinham e procriaram até estabelecerem, apos inúmeros séculos, uma comunidade que desenvolvia paralelamente com a inteligência, os seus instintos, provocando grande preocupação a Javé. Temos o episódio do Dilúvio, o sacrifício da grande maioria do povo, e a preservação dos que ingressaram na Arca. Repovoada a Terra, tanto com animais selecionados como com as pessoas, Javé propôs um segundo pacto: "Estabelecerei uma Aliança convosco e com vossa descendência de que não haverá mais um Dilúvio para destruir a Terra; como símbolo, porei um Arco entre as nuvens como sinal de minha "Aliança". Novamente, passadas séculos, o homem esqueceu a proteção de Deus que dispôs de forma a depurar de seu povo, os maus, ordenando a Abraão que deixasse família e propriedades e se dirigisse à terra de Canaã apresentando-lhe uma nova Aliança: "Eis aqui meu pacto contigo: será pai de uma multidão de povos... Eu estabeleço contigo e com tua descendência depois de ti por suas gerações, meu pacto eterno de ser teu Deus e o de tua descendência... Isto observará tu e tua descendência, depois de ti, circundará todo varão e isso será o sinal do pacto entre mim e vós", As Alianças estabelecidas apresentavam, sempre um símbolo. A circuncisão que é a retirada da pele que encobre ò prepúcio do membro sexual masculino, manteve a simbologia do Círculo; o primeiro, foi o Arco íris, um semicirculo; depois, a pele em forma de anel. Passaram-se os séculos; milhares deles e vamos encontrar o povo de Deus envolvido nas mais emocionantes sagas, até que assolados por uma interminável seca, buscaram nas terras egípcias, a alimento e ali se estabeleceram e cresceram a ponto de preocupar os Egípcios que ficavam em minoria. Apos duras provas, perseguições e escravidão, Moisés os retiraram do Egito e na longa caminhada expiatória, andando em círculos no deserto, surge o episodio da Aliança do Sinai, quando Moisés recebeu as condições da nova Aliança, representadas pelos Dez Mandamentos. As Taboas da Lei, novo símbolo visível e que seria preservado colocado dentro de uma Arca que passou a denominar-se de a "Arca da Aliança", misteriosamente desaparecida quando os Babilônios arrasaram o Grande Templo de Salomão. Quando essa Arca for encontrada, eis que permanece misteriosamente oculta, hão de surgir acontecimentos estranhos. Longo período de desencantos e desobediências, referidas pelo profeta Jeremias, sucedeu-se: "Desde o dia em que vossos pais saíram do Egito até hoje, Ilhes enviei meus servos, os profetas, dia após dia; porém não me escutaram, não me prestaram ouvido e endureceram seu coração e obraram pior que seus pais". O profeta Jeremias anuncia uma nova Aliança: "Eis ai vem dias, diz o Senhor, e firmarei nova Aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá não conforme a Aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tornei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto eles anularam a minha Aliança, não obstante eu os haver desposado, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Na mente lhes imprimirei as minhas leis também no coração lhes inscreverei; eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor, porque todos me conhecerão, desde o menor ate" o maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei". Contudo, o povo de Deus não se manteve fiel ao pacto e como castigo houve "Diáspora", ou seja, a dispersão do povo hebreu. O símbolo dessa Aliança foi o Templo de Salomão e as demais que lhe sucederam, ou seja, o de Zorobabel e de Herodes, Finalmente, surge uma "penúltima Aliança", denominada de "A Aliança do espírito", tendo por símbolo a pessoa de Jesus. O plano da Salvação através de quem Javé denominou de seu Filho Predileto. O alcançar o esperado retorna às primeiras condições, a um segundo Jardim do éden numa concepção esotérico espiritual, descrito como sendo a Jerusalém Celestial. Até lá, os místicos estão na expectativa de uma ultima Aliança, porque durante dois mil anos, a pregação de Jesus perde-se no egocentrismo da Humanidade que tem a Deus como um mito e não como seu Criador. Muito se tem especulado sobre essa Nova Jerusalém, e a Maçonaria, em um dos seus mais altos Graus, acentua a esperança dessa última, mas gloriosa Aliança com Deus a quem denomina de Grande Arquiteto do Universo, com a expansão para além do planeta Terra, para que o homem possa ser, não só Rei sobre a Terra, mas Rei no Universo.

 

Altar

 

É o local centro (energético) de um ritual, pode conter símbolos, oferendas ou um sacerdote, dependendo da prática ritualística.

Em alguns rituais é possível encontrar diversos altares para diferentes fins como altar de perfumes, do livro da lei e do Sacerdote, normalmente a hierarquia simbólica é distribuída pelo número de degraus e da altura.

Um altar sob 7 degraus tem estreita ligação com a escada de Jacó, indicando que para atingir aquele ponto é necessário vencer os vícios.

Na Bíblia, encontramos especificações exatas da construção do Altar em Êxodo 37:25. “E fez o altar do incenso de madeira de acácia; de um côvado era o seu comprimento, e de um côvado a sua largura, era quadrado; e de dois côvados a sua altura; dele mesmo eram feitas as suas pontas.”

Para a psicologia é um espaço sagrado, reservado para o culto de nosso deus interior, nosso SELF; neste lugar, é o ego quem manda e nossas velhas atitudes são sacrificadas.

 

Alá

 

Alá ou Alah; em árabe: AL - ILah - nome dado a Deus pelos muçulmanos, significando: A Divindade, O Ser digno de Culto.

 

Amêndoa

 

Essa fruta é composta de uma casca que ao ser quebrada se reduz ao caroço, a sua parte que possui valor alimentício.
É um símbolo daquilo que é essencial, do espiritual do valor que é encoberto pela aparência. Tem um simbolismo idêntico ao do labirinto, cujo centro é o fim da busca. Para os hebreus é um símbolo de vida nova, e o termo hebraico que designa luz, significa também amêndoa ou amendoeira.

 

Andrógino

 

Refere-se a mistura dos princípios femininos e masculinos em um único ser.
Esta fusão dos sexos é simbolicamente a criação de um novo ser, um ser divino. Na alquimia, esta imagem é conhecida como REBIS, a união do rei com sua sua abençoada Rainha, figura representativa do Mercúrio. Baphomet, uma das figuras mais controversas do ocultismo é um Andrógino com cabeça de bode, que possui em seus braços o aforisma solve et coagula (dissolva e combine), simbolicamente a "morte e renascimento". É um símbolo também, do hierosgamos, e do sagrado matrimônio.

 

Animal

 

O animal é um dos mais complexos símbolos existentes.
Possui uma conotação especial para cada tipo de animal, em cada cultura e época diferente.

Psicologia

Para a psicologia simboliza os poderes do inconsciente e o nosso lado ligado aos instintos. A espécie de instinto que está se manifestando através dessa imagem é o que está associado ao animal específico, isto quando o animal é retratado sem misturas, o leão como uma representação do instinto do leão; o urso como uma representação do instinto do urso, determinando o impulso instintivo dele em sua forma pura, composta de seu lado positivo e do negativo.
Os animais são aspectos obscuros, perigosos e instintivos de nosso inconsciente e se a anima/animus aparece como um animal, é porque ela/ele ainda não é aceito pelo ego vígil em sua totalidade de aspectos. Os animais bravios têm aspectos sexuais e simbolizam conflitos eróticos.

Xamanismo

Para algumas tradições xamânicas todo homem tem como seu duplo anímico um animal de poder, chamado de "duplo animal". Os animais também podem ser espíritos de ancestrais, que vivem nas florestas.

Animais nas Religiões

No Egito, Thot, forma humana com cabeça de íbis, Hórus de falcão, Amon de carneiro, Leoa de Tefnut entre outros. Na Mitologia Grega Zeus, foi alimentado com mel pelas abelhas, e a cabra Almatéia deu-lhe o leite.
O cavalo está associado a Apolo, o deus solar, conduzindo-o em sua carruagem e simbolizando o movimento diário do céu. Apolo se transformou em lobo para defender a ninfa Cirene do ataque de um leão. E, foi transformada em loba, que sua irmã Ártemis o encontra num ritual de purificação.
Ártemis, ou Diana, se transformou em Ursa para gerar Arcas com seu pai, Zeus.
Diana, também, considerada a Senhora dos Animais, tinha um cervo branco, que não temia os homens.
Atena a deusa da sabedoria era simbolizada pela coruja.
Uma cerimônia religiosa, descrita por Platão, conta que os reis, só com cajados e redes, caçavam um touro sagrado e ofereciam a Poseídon.
Minotauro, tinha corpo de homem e cabeça de touro. Os sátiros, como ,eram criaturas representadas por um homem com orelhas, chifres, cauda e pernas de bode. Para os romanos, a Águia simbolizava Júpiter;a pomba branca, Vênus;o pavão, Juno; a coruja, Minerva.
Rômulo e Remo foram alimentados por uma loba. Os lobos eram consagrados à Marte.

A Quimera tinha a sua representação mais clássica com cabeção de leão, corpo de cabra e parte posterior de dragão ou serpente, 
que vomitava fogo, foi morta pelo herói Belerofonte, montado em Pégaso. 

No hiduismo a divindade Ganesha, filho de Shiva e Parvati, é representada por um homem com a cabeça de elefante.
A Serpente é o símbolo da energia kundaliní.
Na China entre os seres envoltos pela graça dos céus, estavam o unicórnio Chiling, a fênix Feng-huang, a tartaruga Kuei, e o animal mítico mais elevado: O Dragão, símbolo da sabedoria, da imortalidade e do renascimento.
Havia entre os Incas um culto lunar, onde a Lua é consagrada ao Puma, que cada noite, devora um pedaço da lua, e quando está satisfeito, deixa-a crescer de novo. Ele vive no centro da Terra e sai a noite para devorá-la.
No Peru em Nazca, pode-se observar do alto uma enorme aranha com 45 metros de comprimento feita na terra, que dizem ser provenientes da cultura Nazca. Sugere que os nativos caminhavam por essas linhas para que pudessem captar o poder dos animais. Há também o beija-flor, um condor, um macaco, um lagarto, baleia, cachorro.
Quetzalcoatl, o deus Serpente Emplumada, que os Maias chamavam de Kukulkan, influenciou as artes, a astronomia, o calendário, a religião. Era fortemente associado com a estrela da manhã e o planeta vênus. Para os maias o jaguar atraía chuva e protegia os campos de milho. O jaguar também representava a deusa da lua e da terra .
No Novo Testamento, Jesus aparece pela primeira vez numa manjedoura, entre animais. Em busca de sua visão Jesus esteve quarenta dias tentado por Satanás; e vivia entre as feras. (Marcos 1:13). Jesus mostrou-se um iniciado secreto do conhecimento da linguagem animal. Um dia, disse aos seus discípulos:
“Eis que vos enviou como ovelhas no meio de lobos; portanto, sede espertos como as serpentes e simples como as pombas “. (Mateus, 10:16)
No batismo de Jesus, o espírito de Deus desce sobre ele na forma de uma pomba. Os primeiros cristãos iniciados nos mistérios encontravam no nome grego do peixe IXTUS (‘’peixe em grego’’): Iesus Xristus Theos Uios Soter Que significa: Jesus Cristo Filho do Deus Salvador
Nos animais simbólicos da visão de Ezequiel, o símbolo dos Quatro Evangelistas: Mateus, o Anjo ou o Homem, marcando o nascimento de Cristo; Marcos, o Leão, seu Evangelho começa no deserto; Lucas, o touro, iniciando com Zacarias, que sacrificou o Gado; João, a Águia, porque através dela o Espírito de Deus se manifesta.
Segundo Blavatski, cada um representa uma das quatro classes de planos, do mesmo modo como cada personalidade é moldada. A Águia representa o Éter ou o Espírito Cósmico, o olho onipresente do Vidente; o Touro simboliza as Águas da Vida, o elemento que tudo engendra e a força cósmica; o Leão simboliza o Fogo Cósmico, a energia impetuosa, o intrépido valor; o Anjo é a síntese dos três, combinados no intelecto superior do homem e na Espiritualidade Cósmica.
Em (Jonas, 2:3 ) “ Do fundo das entranhas do peixe, Jonas fez esta prece ao senhor...” São Francisco de Assis no século XII foi quase canonizado pelos próprios animais, que o viam como amigo reconhecendo o seu estado espiritual. Certa vez ele pregou para as andorinhas que foram até ele, se calaram e ouviram :
Passarinhos, meus irmãos ! Vocês devem sempre louvar ao seu Criador e ama-lo, porque ele deu penas para se vestir, asas para voar, e tudo o que vocês precisam. Deus lhes deu um bom lugar entre as criaturas e permitiu morar na pureza do ar. Ele protege e guarda vocês com muita atenção.
A história registra ainda, São Francisco acalmando um lobo feroz, que assombrava um povoado, apenas com um olhar humilde e algumas palavras, comprovando seu amor pelos animais.
No islamismo conta-se uma passagem de Maomé, quando estava sendo perseguido pelos coroaixitas e refugiou-se numa caverna, quando estava com um de seus fieis : -E Alá realmente os protegeu, porque uma aranha urdiu a sua teia cobrindo inteiramente a entrada da caverna; as abelhas depositaram aí os seus favos e uma pomba os seus ovos; o que fez com que os perseguidores do profeta nem sequer lá entrassem para revistar. Lao-Tsé: Ouvi dizer que quem conhece A arte de governar bem a sua vida Não encontra rinocerontes nem tigres Quando viaja por terra Buda também está muito associado aos animais, conta-se sobre a maneira pela qual o Iluminado em seu Grande Despertar, lembrou-se de todas as suas encarnações anteriores vividas em várias formas de animais. No Bardo, o Livro Tibetano dos Mortos, é descrita uma simbologia budista do norte sobre tronos em formas de animais descrevendo os atributos dos cinco Budas. O trono-Leão, simbolizando a coragem, o poder e a força soberana; o trono-Elefante, a imutabilidade; o trono-Cavalo, a sagacidade e a beleza da forma; o trono-Pavão, a beleza e o poder de transmutação e o trono-Harpia o poder e a conquista de todos os elementos. São símbolos das forças celestiais de iluminação para guiar no Caminho para o estado de Buda.
Nos mistérios Wiccanianos, o deus é Cornífero, o deus da floresta, apresentado com chifres de um alce, representando a natureza indomável de tudo o que é livre. Na comunidade agrícola, era representado com chifres de bode, como o Deus Pã. Nos tempos antigos era conhecido como o Chifrudo. Era também associado aos cultos de Dionísio e como um deus de chifres de touro. O emprego de chifres de touro e a presença de serpentes estão associados a Dionísio e sua ligação com ritos lunares. Os druidas foram também associados ao deus Cornífero celta Cernunnos. A importância do deus Cornífero era o seu poder sobre o reino animal, bem como a vida silvestre. Era chamado também de “O Mestre dos Animais”.
A Grande Deusa Mãe wiccaniana, que é a mais forte das variações da deusa (associadas às fases da lua) que é quando a Lua está cheia, tem em um de seus títulos a “Senhora das Feras”. Em muitos contos de bruxaria e contos de fadas, descreve-se o poder de transformação em animais, tais como o lobo ou corvo. A verdade é que sempre existiu uma afinidade entre os animais e os praticantes de artes mágicas. Na Idade Média os bruxos personificavam o lobo no Sabat, e as bruxas se enfeitavam com tiras de pele de lobo.Numa parte da Europa acreditava-se que o lobo era a montaria dos feiticeiros, e que as feiticeiras, transformavam-se em lobos.
Algumas lendas contam que o couro de lobo tem poder de cura e proteção contra as doenças. O pelo de lobo colocado num barco, para proteção contra o fogo. Possivelmente “o lobisomem” se originou nos cultos egípcios e gregos aos deuses-lobo.
Caçadores siberianos usavam patas e garras de urso como proteção contra maus espíritos e para cura. Eram usadas também atrás da porta, perto de berços. As bruxas olhavam profundamente para as teias de aranha, como uma mandala de meditação.
Dizem os magistas, que quando temos animais em casa, criamos elos psíquicos com eles. Os seus movimentos podem pressagiar acontecimentos, o senso aguçado, por exemplo, percebe a aproximação de estranhos. Na magia o gato está associado aos ritos sagrados, a superstição. Era animal sagrado na Índia. No Egito considerava-se que o gato tinha poderes de oráculo. A deusa Bast era representada com corpo de mulher e cabeça de gato. Já gato negro desempenha um importante papel na bruxaria. Segundo a crença era dotado de nove vidas .
A galinha negra, como o cão negro, eram animais associados à bruxaria. Nas tradições do candomblé, costuma-se, usá-las em muitos rituais, assim como bode e o carneiro. Já o galo era ligado a cerimônias ocultistas era uma ave consagrada a Esculápio.
Os tibetanos colocavam um crânio de carneiro na porta de suas casas, para impedir a entrada de maus espíritos, que descarregavam sua ira sobre ele, livrando os moradores. Na escócia o omoplata do carneiro negro era raspado para fins divinatórios e rituais mágicos Desde a antiguidade o homem tem imposto sacrifícios ao animais. O carneiro é um símbolo universal do sacrifício animal. Na Babilônia era sacrificado nas comemorações do ano novo, para atenuar os pecados do reino. Na Grécia, Roma, no Islã, na África e no Egito, era oferecido aos deuses, para diversos fins.

 

Ano

 

Diz-se ano, em latim "annus", o tempo que a Terra gasta em uma translação completa ao redor do Sol; essa, volta é feita em 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46,08 segundos; seu período é dividido em 12 meses. Os povos russos e gregos adotam o Ano Juliano, com uma diferença do nosso calendário de 13 dias, principiando o ano no dia 14 de janeiro. O ano comum cristão denomina-se de Gregoriano, estabelecido pela Igreja.

 

Arco-íris

 

Representa a ponte entre o humano e o divino.
Para os hebreus é a aliança de Deus com seu povo;
Para os chineses, a ponte de União entre o céu e a terra;
Para os gregos, é a representação de Íris(etimologia), a mensageira dos deuses.
Os budistas o consideravam como sendo símbolo do nascimento de uma divindade.
Em Gênesis 9:13 encontramos um paralelo entre o Arco-íris e a aliança (anel) como símbolo de compromisso: “O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra.” Na Irlanda existe uma lenda que associa o arco-íris ao pote de ouro dos duendes.

 

Ascensão

 

Símbolo da elevação da alma para o céu.
Para o cristianismo é parte dos Mistérios Gloriosos do rosário conhecido como a gloriosa Ascensão do Senhor aos céus.

 

Auréola

 

Aura que circunda os corpos gloriosos, que se representa em forma circular ou amendoada. Segundo um texto do século XII, que se atribui a Saint-Victor, essa forma amendoada deriva do simbolismo da fruta, identificada com Cristo, mas isto não altera o significado geral da auréola, que se interpreta como vestígio do culto ao sol, símbolo ígneo que expressa a energia sobrenatural irradiante, ou como visibilização da luminosidade espiritual emanada, que desempenha importante papel na doutrina hindu. A auréola amendoada, que em geral circunda todo o corpo, costuma dividir-se em três áreas, manifestando a ação trinitária.

 

Azeite

 

É um símbolo de força espiritual e luz(provável analogia pelo fator combustível do azeite nas lâmpadas e por ser uma das mais importantes fontes nutritivas do passado.

O azeite nas antigas religiões

Para os egípcios, o cultivo da oliveira teria sido ensinado por Ísis, sendo que os gregos e romanos também acreditavam que a origem de tal cultura teria sido uma dádiva dos seus respectivos deuses.

De acordo com a mitologia grega, ao disputar as terras do que é hoje a cidade de Atenas, o deus Possêidon, com um golpe de seu tridente, teria feito brotar um belo e forte cavalo e que a deusa Palas Atenas trouxe uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite, suavizar a dor dos feridos e de servir como um alimento precioso, rico em sabor e energia.

Na Eneida, Virgílio faz uma menção ao azeite e à oliveira: "E com um ramo de oliveira o homem se purifica totalmente".

Rômulo e Remo, considerados descendentes dos deuses e fundadores da cidade de Roma, teriam visto a luz do dia pela primeira vez debaixo dos galhos da oliveira.

Todavia, entre os judeus o azeite teve uma grande importância nos cultos quanto ao oferecimento de sacrifícios a Deus, simbolizando a sua presença entre os homens.

A simbologia do azeite na Bíblia

Na Bíblia, o azeite é utilizado como o símbolo da presença de Deus do Espírito Santo.

"Então Moisés tomou o azeite da unção, e ungiu o tabernáculo, e tudo o que havia nele, e o santificou;" Levítico 8:10 “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude”.Atos 10:38
Etimologicamente o termo ungido é o significado da palavra Cristo.
O dito de que o azeite e o vinagre não se misturam falam-no simbolicamente de suas qualidades especiais, uma vez que o vinagre é símbolo da baixa qualidade.

Em Gênesis, quando as chuvas do dilúvio tinham cessado e a arca ainda navegava sobre as águas, o patriarca Noé teria soltado uma pomba que retornou trazendo um ramo de oliveira.

Jacó, ao ter duas experiências sobrenaturais com Deus, em Betel, em ambas as vezes colocou no local uma coluna de pedra sobre a qual derramou azeite. (Gênesis 28:18 e 35:14)

Os judeus utilizavam o azeite nos seus sacrifícios e também como uma divina unção que era misturada com perfumes raros. Usava-se, portanto, o azeite na consagração dos sacerdotes (Êxodo 29:2-23; Levítico 6:15-21), no sacrifício diário (Êxodo 29:40), na purificação dos leprosos (Levítico 14:10-18 e 21:24-28), e no complemento do voto dos nazireus (Números 6:15).

Quando alguém apresentar ao Senhor uma oblação como oferta, a sua oblação será de flor de farinha; derramará sobre ela azeite, ajuntando também incenso. (Levítico 2:1)

Pode-se afirmar que a Torah previa três tipos de ofertas de manjares que deveriam ser acompanhadas com azeite e sem fermento, as quais eram: 1) flor de farinha com azeite e incenso; 2) bolos cozidos ou obreias (bolos muito finos) untadas com azeite; 3) grãos de cereais tostados com azeite e incenso. E, enquanto a ausência de fermento simbolizava a abstinência do pecado, o azeite representaria a presença de Deus. Parte das ofertas era entao queimada no altar como sacrifício a Deus. Certas ofertas, contudo, deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Levítico 5:11) e por causa de ciúmes (Números 5:15).

Os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto, ou de alguma calamidade, abstinham-se de usá-lo.

O azeite também era reconhecido como um medicamento entre os judeus (Isaías 1:6; Marcos 6:13; Lucas 10:34 e Tiago 5:14).

Pode-se dizer que na cultura judaica o azeite indicava o sentimento de alegria, ao passo que a sua falta denunciava tristeza, ou humilhação.

Antes de sua prisão, Jesus passou momentos agonizando no Getsêmani, ou Jardim das Oliveiras, situado nos arredores da Jerusalém antiga. O nome Getsêmani significa lagar do azeite. A escolha do local trazia com exatidão o que estava acontecendo com Jesus momentos antes de ser crucificado, quando iria ser sacrificado e esmagado como uma azeitona, a fim de que a humanidade pudesse receber o Espírito Santo em seus corações.


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